Se antes as embalagens eram utilizadas para acondicionar, conservar e proteger o alimento, na atualidade foram incumbidas de um papel mais ampliado com viés propagandístico e estratégico de marketing.
Tudo isso para influenciar o comportamento de consumo e aumentar o potencial de vendas dos produtos. Certamente você já desejou comprar um produto só para ter a chance, por motivos diversos, de ficar com a embalagem — design, utilidade, estética, coleção.
Neste post vamos falar sobre o consumidor 4.0, suas expectativas em relação ao produto e como a embalagem pode interferir nas decisões de compra favorecendo o faturamento e o posicionamento da marca no mercado!
O que influencia o comportamento de consumo?
A embalagem conecta a marca ao consumidor por meio de mensagens subliminares que podem estar relacionadas às cores, ao design, ao formato ou a todas essas características juntas, formando um grupo de bons motivos para realizar a compra.
Toda aquisição é gerada por algum tipo de necessidade que pode estar atrelada a uma motivação urgente ou apenas a um desejo de posse. O fato é que os hábitos e o comportamento de consumo fomentam o mercado e precisam de estímulos constantes para manter o resultado.
A embalagem pode ser fator decisivo na concretização de uma compra e na fidelização do cliente. Dependendo dos compromissos e do tempo disponível para o consumo fora de casa, muitas pessoas dão preferência a produtos com embalagens que possam ser facilmente transportadas.
Outro aspecto importante é que, com as campanhas de sustentabilidade e preservação ambiental, consumidores conscientes do seu papel de cidadania buscam por embalagens recicladas e processadas contribuindo com a causa.
Por que é necessário estar atento ao consumidor 4.0?
O consumidor 4.0 se tornou um personagem constante das pautas de mercado, onde é visto como potencializador de um novo formato de consumo. Ele é alguém ocupado e apressado, que aprecia o que a inovação tecnológica pode oferecer para facilitar o seu dia a dia.
É um modo de vida que atravessa gerações e tem origem na primeira revolução industrial, com interferências da segunda, reflexos da terceira e consolidação na quarta, também chamada de indústria 4.0.
As máquinas e equipamentos foram aperfeiçoados e modernizados para se adequarem à rotina acelerada da maioria. As estratégias vão desde as máquinas de café expresso, passando pelos smartphones, refletindo nos alimentos e embalagens.
As redes de fast-food surgiram na década de 40 e, de lá para cá, foram inovando tanto em cardápio quanto em embalagens, pois, mesmo sendo um tipo de estabelecimento que incentiva o consumo rápido e compacto, percebeu que os consumidores gostavam de levar para casa. Por isso, manter a temperatura e a qualidade passou a ser igualmente importante.
O drive thru, por exemplo, nasceu de um entendimento americano de que as pessoas eram preguiçosas a ponto de não saírem dos seus carros para comer.
Um empreendedor visionário fez disso um negócio e passou a oferecer um serviço em que as pessoas faziam os pedidos de dentro do carro e retiravam em seguida, devidamente embalados.
O delivery se fortaleceu na década de 80 e cresceu exponencialmente pra oferecer uma alimentação de entrega rápida e variada. Os consumidores têm a opção de pedir comida em casa, por questões como comodidade, economia e segurança.
Nesse formato as embalagens são desenvolvidas para permitir que o alimento chegue intacto e com a temperatura conservada. A culinária asiática é bela por natureza e as embalagens atuais trazem divisórias que mantém o sabor e uma perfeita apresentação, por exemplo.
Além das embalagens práticas e pensadas para uma pessoa, chegaram ao mercado as Grab and Go — embalagens de pronto atendimento dispostas nas padarias e supermercados para que o consumidor entre, escolha e saia com o alimento de sua preferência. Um conceito que facilita ainda mais o dia a dia e tem crescido ultimamente.
As embalagens realmente são importantes?
Do ponto de vista ambiental e da saúde, as embalagens são desenvolvidas para acondicionar o alimento e manter a qualidade, zelando pela integridade e valor nutricional. Já do ponto de vista estético, abrangem a estratégia de despertar o interesse por meio do primeiro contato.
Muitos consumidores decidem pedir a entrega de sua refeição para aqueles restaurantes que enviam o pedido em embalagens adequadas, que mantenham o sabor e apresentação do prato. Assim, a embalagem tem peso equilibrado na decisão de compra.
Um dos objetivos da embalagem deve ser de atrair mais clientes para as facilidades de compra de alimentos em um dia a dia corrido. Se a embalagem conserva a qualidade de temperatura de um alimento, ao chegar em casa o consumidor não terá que se preocupar em cozinhar e poderá canalizar a atenção para outros assuntos enquanto se alimenta.
Com um mercado amplo de adeptos aos alimentos embalados e de compra rápida, os pequenos detalhes podem tornar-se grande diferencial tratando-se da embalagem e do poder de convencimento por meio da interação visual entre a marca e o consumidor.
Outro aspecto fundamental na apresentação das embalagens é que com a mudança de comportamento, os consumidores passaram a ter uma exigência maior quanto à saúde. Embora tenha crescido a preferência pela comida rápida, muitas vezes congelada e industrializada, a origem passou a ser objeto de interesse.
Com isso, os códigos com informações sobre a origem, a composição e a validade foram inseridos para conferir maior segurança de consumo do alimento. Também favoreceu a rastreabilidade para garantir a chegada às mãos do cliente no prazo adequado.
A experiência de compra do consumidor se transformou em algo prazeroso e por vezes curioso, uma vez que as embalagens ganharam cor e design arrojado, acompanhando as tendências de modernização do mundo.
As impressões são construídas pelo que se vê e qualquer tipo de produto ganha uma vida ainda mais interessante quando a embalagem é cuidadosamente desenvolvida para promover seu conteúdo.
Devo estar atento ao design de embalagens?
Já ouviu uma expressão que diz que “comemos com os olhos”? Se antes esse aspecto era condicionado ao alimento em si e sua capacidade de despertar o desejo de consumo imediato, agora, as embalagens também exercem um efeito parecido.
Talvez o conteúdo não seja fiel ao que demonstra a embalagem, mas, se esteticamente criar uma boa impressão é bem provável que o cliente fará a compra baseado pelo que vê e sente, instintivamente.
Alguns aspectos devem ser considerados no desenvolvimento da embalagem. Além de pesquisar no mercado as tendências e preferências, é importante conhecer os principais elementos de criação para melhor engajamento e impulsionamento da marca. Vejamos os aspectos mais relevantes!
Personalização
Uma embalagem personalizada diz muito sobre o produto que ela comporta e influencia a decisão de compra do consumidor. Por isso, o público-alvo deve ser levado em consideração na hora de personalizar uma embalagem.
Vivemos na era da transformação digital e das demonstrações do poder de compra. Um público jovem deseja algo despojado, que permita boas postagens nas redes sociais e cause um sentimento competitivo tão típico da idade.
Um público adulto pode buscar um tipo de embalagem sóbrio e atentar mais ao conteúdo, à composição e os prazos de validade do produto, do que à personalização em si. O importante é que a personalização atua no subconsciente e a embalagem que leva a marca da sua empresa será reconhecida em qualquer lugar.
Formato e tamanho
Quando se pensa em formato e tamanho das embalagens, logo deve-se pensar também em praticidade, pois, o conceito de uso diário ou transporte de um produto é um dos principais elementos a ser considerado para desenvolvimento do formato.
É fundamental pensar no manuseio e ampliar a ação para diversos tipos de públicos — com expectativas e objetivos diferentes, mas com a mesma percepção sobre a eficiência da embalagem.
Cores
A psicologia das cores tem fundamento científico e é usada para auxiliar na definição de cores para uma embalagem. As cores são responsáveis por despertar reações diversas nas pessoas e durante o desenvolvimento das embalagens devem ser levadas em consideração.
Ao mesmo tempo em que uma cor deve despertar interesse em meio a tantos outros produtos dispostos nas prateleiras, precisa ser também capaz de transmitir confiança ao consumidor em uma imagem atraente, mas referenciada pelo tom de responsabilidade que a imagem promove.
Tipografia
Qual será o aspecto geral da embalagem? Qual é o conceito e o parâmetro para a escolha da fonte, da impressão e do acabamento? Esses são elementos que precisam ser pensados e desenvolvidos com critérios bem definidos.
Depois que a embalagem chegar ao mercado será difícil fazer alterações nesse quesito. Como dissemos, a embalagem contribui para a identidade visual da marca e qualquer modificação poderá tirar do consumidor a referência do produto e da sua empresa.
Informações técnicas
Mesmo que a embalagem permita que o produto seja visto de fora é importante que todas as informações técnicas estejam disponíveis para não gerar dúvidas na hora da compra e muito menos o sentimento de frustração caso algo esteja em desacordo depois de aberto.
Qualidade
Quando falamos de qualidade queremos dizer sobre o material, o acabamento, a durabilidade e a capacidade de manter temperatura e higiene do alimento. Principalmente tratando-se de embalagens gastronômicas, a qualidade carece de atenção especial durante a fase de confecção da embalagem.
As embalagens de delivery costumam ser descartáveis pelo próprio formato do negócio, o que não quer dizer que tenham que ser de baixa qualidade. Muito pelo contrário, como saem para entrega, precisam ser desenvolvidas para sofrer possíveis abalos durante o percurso e ainda assim conservar um excelente aspecto do produto.
Estética
A estética da embalagem faz toda a diferença na hora da compra. É raro encontrar alguém que não aprecie a beleza e não se emociona com ela. Quem não gosta de receber uma bela cesta de café envolta em celofane com um belo laço?
Muitos alimentos são uma verdadeira obra de arte e as embalagens dão o toque final para valorizar ainda mais o momento de encontro com o consumidor. Esse encontro é, muitas vezes, permeado por um desejo que pode ser aguçado com a apresentação de uma embalagem desenvolvida especificamente para o tipo de produto.
Em panificadoras e confeitarias, por exemplo, podemos dizer que a embalagem pode ser mais responsável ainda pela venda de tortas, bolos e doces, pois, agregam valor ao produto que, por si só, já emite uma sensação agradável de consumo.
Embalagens intuitivas fazem um apelo emocional ao consumidor. São convidativas e quando o produto acompanha o nível de excelência, fatalmente haverá um ganho competitivo de mercado abraçando um público fiel e dedicado.
Nessa etapa de desenvolvimento é importante salientar que nem sempre uma embalagem é esteticamente viável. A criatividade é a grande responsável por uma maior fatia do resultado final. Dependendo do tipo de produto, existem matérias-primas recicláveis que podem se transformar em lindas embalagens.
Segurança e proteção
Pensando em comida transportada e transportável a segurança é item essencial na confecção de uma embalagem. Imagine um alimento delivery que tenha algum tipo de caldo e chegue às mãos do cliente em embalagem vazada?
Além do aspecto não ser dos melhores, as condições de segurança foram colocadas à prova durante o trajeto e, fatalmente, esse cliente será visto pela primeira e ultima vez. Se conquistar um cliente já é um grande desafio, a reconquista será triplicada, logo, melhor será acertar logo no início.
Como escolher a melhor embalagem para o meu produto?
Essa é uma escolha que depende do tipo de produto que seu negócio deseja ofertar e o público-alvo que almeja. Se a ideia é servir porções para uma ou duas pessoas, a embalagem precisa ser compacta e de fácil transporte.
As pessoas que moram sozinhas tendem a preocupar-se mais com o desperdício, por isso, optam por alimentos porcionados e econômicos, ainda que paguem um pouco mais caro — custo-benefício — o que fornece dados para que os desenvolvedores de embalagens pensem em algo que atenda essa demanda.
Já se o intuito é produzir para um volume maior de pessoas, as embalagens precisam ser reforçadas e anatomicamente preparadas para uma quantidade maior de alimentos, que, quando transportados não cheguem misturados e com aspecto desagradável.
Em ambos os casos, pense na praticidade do cliente, tanto no manuseio quanto para consumir o alimento a partir da própria embalagem, sem precisar de outro recipiente. Isso é válido para pessoas que se alimentam fora de casa, a caminho do trabalho ou da faculdade, por exemplo.
Todos os tipos de embalagens são válidos, levando em conta o negócio e as perspectivas que a empresa tem diante do mercado. Restaurantes como Rubaiyat, Mocotó, Kaisho, Divino Fogão, Baked Potato, entre outros, servem de inspiração para quem está buscando a consolidação da marca.
Entendemos que o comportamento de consumo pode sofrer diversas influências que formam um conceito pautado no desejo, no encantamento, no custo, na praticidade e na segurança. Uma boa embalagem deve se apegar ao fato de ser responsável por acondicionar um dos elementos mais essenciais da vida — o alimento.
Se você curtiu este post sobre as embalagens e como influenciam o comportamento de consumo, continue a visita em nosso blog e leia mais um conteúdo sobre as embalagens de kits de comida para conhecer as vantagens desse formato.
Fonte : https://www.scuadra.com.br/blog/como-o-comportamento-de-consumo-influencia-no-design-de-embalagens