Foi possível perceber nos últimos tempos um crescimento exponencial de micro e pequenas empresas, especialmente no setor alimentício, sendo esse um dos setores que sempre possuem crescimento econômico garantido, até porque mesmo diante de grandes crises financeiras, não deixamos de nos alimentar, seja pela necessidade fisiológica, passando até mesmo por questões afetivas, culturais e sociais que a alimentação representa para os indivíduos.
Segundo o site e-commercebrasil, no primeiro semestre do ano de 2018 o Brasil bateu recorde histórico na abertura de empresas, aonde se registrou um marco de 1,2 milhões de novas empresas abertas, sendo desse total de empreendimentos criados o que possui maior crescimento e ocupa o top do ranking do mercado nacional são os serviços de alimentação, sendo esse número ocupado por mais de 80% de empresas do tipo MEI (Micro Empreendedores Individuais).
Como o cenário está favorável para o pessoal que está empreendendo e inovando no ramo alimentício, devemos criar um alerta para esses micro empresários da área de alimentos: O seu foco não deve ser apenas na inovação de produtos, nas “sacadas” de marketing e postagem nas redes sociais para seu negócio crescer, pois tão quão importante que tudo isso, devemos priorizar a Segurança dos Alimentos dos produtos que estamos oferecendo aos nossos consumidores.
Então vamos compartilhar as principais dicas para os empresários do ramo de alimentos, que estão iniciando a abertura de um novo negócio e que desejam obter êxito, lucro e a confiança e dos seus clientes:
-Documentação e Registro: Segundo a Resolução RDC 216 (2004) da Anvisa, os serviços de alimentação devem dispor de documentos específicos, tais como: Manual de Boas Práticas de Fabricação e os Procedimentos Operacionais Padronizados. Com esses documentos bem descritos e implementados, os estabelecimentos garantem a segurança dos alimentos, através de ações como a higienização das instalações e equipamentos, controle de saúde dos manipuladores, controle de vetores e pragas urbanas, entre outros. Agora se o proprietário não possui experiencia, formação ou ao menos sabe do que se trata esses documentos, deve-se contratar uma profissionais qualificados para sua realização e implantação, ou até mesmo empresas de consultoria e prestadores de serviços qualificados para tais fins.
–Legislação: Muito mais do que possuir um amontoado de papéis arquivados no escritório, falando sobre Boas Práticas de Fabricação (BPF), higiene e qualidade, os empresários do ramo devem ter noções básicas de legislação sanitária de alimentos, sendo as principais:
Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004: Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002: Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos.
–Higiene e Asseio pessoal: Um dos pontos fundamentais para garantia da segurança dos alimentos nos serviços de alimentação é a higiene e asseio pessoal dos manipuladores de alimentos. É importante que todos os colaboradores entendam as regras básicas de Boas Práticas de Fabricação e saibam da importância da sua aplicabilidade. Alguns pontos fundamentais são: lavagem de mãos, uniforme limpo, cabelos protegidos, ausência de maquiagem e adornos, entre outros.
–Limpeza e desinfecção: A limpeza e a desinfecção dos estabelecimentos é quase que uma cartão e visita do local, já que muitos clientes não entrariam em uma local sujo, com mal odores e com risco e contaminação ao se alimentar dos produtos daquele estabelecimento. A limpeza das áreas e equipamentos é fundamental e devem ser utilizados produtos de limpeza sem perfume e destinado para serviços de alimentação.
Fonte Original: https://foodsafetybrazil.org/o-aumento-do-empreendedorismo-no-ramo-alimenticio-e-sua-relacao-com-seguranca-dos-alimentos/